Desenvolvimento Gráfico

Estágio Sensório-motor - rabiscação - 0 a 2 anos

Não tem habilidade adquirida, percebe o meio com simplicidade e subjetividade, imitação crescente, pesquisa de movimentos, curiosidade e exploração de materiais diversos, reflexo de sucção (leva tudo à boca). Os movimentos são desordenados e incontrolados, mas proporcionam prazer à criança.

Estágio da Garatuja - 2 a 4 anos

Desordenada

Ausência de controle dos movimentos. Uso da cor pelo simples prazer de experimentá-la, sem intenções. A figura humana não aparece e o espaço não é totalmente utilizado. Ainda muito próxima da rabiscação, seus desenhos variam muito: ora fracos e concentrados, ora fortes e dispersos pelo papel


Longitudinal

Movimentos repetidos em várias direções, principalmente na vertical e horizontal, estabelecimento da coordenação entre a atividade visual e a motora. Controle dos movimentos. A cor ainda é usada inconscientemente. O espaço é utilizado somente de base sinestésica, muitas vezes não saem de um mesmo lugar, outras vezes riscam uma folha inteira, misturando tudo que já experimentaram.


Circular

Autoafirmação do controle através de desvios do tipo de movimento, com o treino aparecem ensaios repetidos de pequenas células ou pequenos círculos ainda sem intenção, significado ou expressão. É a exploração do movimento circular feito com todo o braço, que varia do tamanho de um pequeno ponto até o círculo que ocupa a folha toda. A cor ainda é utilizada com base emocional


Controlada

Pensamento imaginativo. Mistura de movimentos com frequentes interrupções. Figura humana de modo imaginativo através do ato de comentar, os pequenos círculos se transformam em pessoas e animais, dando-lhes cabelos, olhos e membros (em geral braços). Espaço puramente imaginativo. Cor usada para distinguir diferentes significados da garatuja. O desenho deixa de ser simples expressão motora e começa a representar coisas de sua realidade, em geral figuras humanas


Intencional

Aparece nos desenhos outros elementos além da figura humana, quase compondo uma cena, ainda rudimentar. Enquanto desenha, a criança fala e conta histórias, explicando seus rabiscos de diversas maneiras. a figura humana é mais completa com cabeça, tronco e membros definidos com pés e mãos. No final desta fase a criança começará a misturar aos seus desenhos uma escrita fictícia, traçada e forma de serras ou pequenos elementos parecidos com os nossos signos




Estágio pré-esquemático - 4 a 6 anos

Descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. A  criança começa a representar coisas de sua realidade e a exprimir sua fantasia, desenhando vários objetos ou o que imagina deles. A ação é voltada para resultados concretos, maior poder de concentração e intensa formação de conceitos. Mudança dos símbolos da forma em virtude da constante procura dos mesmos

Estágio esquemático - 6 a 9 anos

Descoberta de um conceito definitivo de homem e meio, dependendo do conhecimento ativo e da personalidade através da repetição, "esquema". Primeiro conceito definido do espaço, "linha de base" e "linha do horizonte". A linha de base exprime: base, terreno, os objetos são desenhados perpendiculares a esta linha. A linha do horizonte exprime o céu. Afastamento do esquema da cor (mesma cor para o mesmo objeto), mostra experiência emocional.

Em continuação à fase esquemática na evolução do grafismo infantil, ocorre um período estacionário, durante o qual o desenho se mantém sem tantos progressos como os que ocorreram até esta fase. Ele melhora em acabamento e detalhes, mas não evolui. A grande evolução agora é na escrita e é comum aparecer balões representando conversas entre personagens de seus desenhos ou pequenos textos, que parecem explicar melhor a situação ou ação deles. Mais do que nunca o professor deve estimular a auto expressão, desencorajando a cópia e o desenho estereotipado

Estágio do início do realismo - 9 a 11 anos

Afastamento do esquema, linha de base e do horizonte se encontram cobrindo o espaço em branco que existia na fase anterior, tendência para as linhas realísticas. Maior rigidez resultante da atitude egocêntrica e da ênfase sobre detalhes como roupas, cabelos, etc. Diferença acentuada entre meninas e meninos, maior consciência do eu em relação ao sexo. Idade do bando, meninos junto de meninos e meninas junto de meninas.

Estágio subjetivo da cor, a cor é usada em relação a experiência subjetiva

Estágio pseudorealístico do raciocínio - 11 a 13 anos

Aproximação realística inconsciente, tendência a disposição visual ou não visual, amor a ação e a dramatização. Introdução das articulações na figura humana, atenção visual às mudanças de movimento introduzidas através do movimento ou da atmosfera. Espaço tridimensional expresso pelas proporções diminuídas dos objetos distantes. Regressão, do não disposto visualmente, à linha de base ou a expressão do meio somente quando significativo. Mudança da cor em sua natureza relacionadas à distância e a um estado particular de humor. 

Estágio da decisão: crise da adolescência - 13 a 17 anos

Consciência crítica ao meio e ao resultado representacional. identificação mais clara do tipo visual, do "haptic" ou do misto.

Tipo visual - impressões do meio no qual o criador se sente espectador, ênfase na proporção exterior, interpretação visual da luz e da sombra, perspectiva espacial, mudança das qualidades da cor em relação ao ambiente.

Tipo haptic ou não visual - experiências subjetivas, expressões emocionais nas quais o criador sente-se envolvido, os sentimentos íntimos são acentuados em contraste com a aparência exterior, exibição de caráter e expressão muitas vezes de qualidade simbólicas, regressão à expressões com linha de base, relação de valor dos objetos uns com os outros. Significação expressiva da cor, um significado psicológico e emocional

Referências bibliográficas

Lowenfeld, Viktor e Brittain,W.L. desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo, mestre Jou, 1977

Stabile, Rosa Maria. A expressão artística na pré-escola. São Paulo, FDT,  1988

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